sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Coração

Coração

O coração é um órgão cônico com a ponta (ou ápice) voltado para baixo, para esquerda e para frente. Ele está no mediastino.
Na morfologia externa do coração observa-se a forma e as partes do coração. Na prática clínica, o coração sofre um processo de infarto que é identificado de acordo com a localização.
Os vasos da base existem em uma região do coração que se chama base (na porção superior do coração).
Na interseção da linha hemiclavicular esquerda com o quinto espaço intercostal esquerdo está o ponto de toque entre o ápice e a parede torácica, denominado ictus cordis. È o local onde a ponta do coração toca a parede torácica anterior.

A face do coração que esta voltada para frente é a anterior; a voltada para baixo é a inferior ou diafragmática (que é o segmento do coração onde repousa no diafragma); e a face posterior está voltada para trás.
Abaixo do ápice do coração está o diafragma.
Os vasos da base são compostos pelas seguintes estruturas: a artéria aorta, a artéria pulmonar (se divide em duas), as veias cavas (superior e inferior) e as veias pulmonares (2 direitas e 2 esquerdas).

Posteriormente ao coração está o esôfago (em contato com o AE). E também o ducto torácico, o sistema ázigos, a cadeia simpática e a coluna vertebral (T7 a T11).
O coração é revestido por um tecido fibroso chamado pericárdio que mantém ele firme no mediastino. Existe o pericárdio fibroso (por fora), e a parte interna do pericárdio chamada pericárdio seroso, junta ao miocárdio (a estrutura muscular contrátil).
A câmara cardíaca que fica anteriormente, junto ao esterno, é o VD.

O pulmão é revestido pela pleura visceral, que quando chega ao hilo pulmonar, deflete no mediastino, chamando-se pleura mediastinal. Ela recobre externamente o pericárdio fibroso.

A artéria pericardiofrênica vai do pericárdio para o diafragma, passando entre o pericárdio fibroso e a pleura mediastinal.

Entre o VE e o VD está o septo interventricular.
O VE é mais duro e mais espesso que o VD; possui uma câmara muscular mais desenvolvida porque bombeia sangue para o corpo todo.

As artérias coronárias levam sangue rico em oxigênio para a parede cardíaca. Existem duas coronárias: uma direita e uma esquerda. As coronárias saem da aorta.
A coronária direita sai da aorta percorre o sulco atrioventricular em direção a parede posterior e diafragmática do coração. É chamada de descendente posterior, chegando entre os dois ventrículos. A coronária direita é longa. O primeiro ramo da coronária direita é o ramo marginal direito. O ramo terminal da coronária direita é a artéria interventricular posterior.
A coronária esquerda é curta. O primeiro ramo da coronária esquerda é o interventricular anterior. Depois, ela passa a se chamar circunflexa. A circunflexa emite o ramo marginal esquerdo.
As artérias coronarianas levam o sangue arterial para o músculo cardíaco. Ele contrai, gasta energia (oxigênio), libera CO2. O sangue venoso volta pelas três veias cardíacas. Elas desembocam no seio coronário, que vai para o AD.

A válvula bicúspide ou mitral ou atrioventricular esquerda separa o AE do VE.
A válvula atrioventricular direita ou tricúspide separa o AD do VD.

Os componentes de uma válvula são os folhetos ou cúspides, que no caso são cordoalhas tendíneas (músculos papilares).
A sífilis destrói essas cordoalhas.
Na diástole, as válvulas atriais ficam fechadas e as válvulas atrioventriculares abertas.

Endocardite é uma inflamação da camada mais interna do miocárdio, o endocárdio. A endocardite bacteriana é causada pelo Estreptococos beta-hemolítico do grupo A. Ela ataca o endocárdio e as cordoalhas.

As válvulas arteriais possuem três folhetos ou cúspides. A válvula pulmonar fica na frente da artéria pulmonar.
A borda livre das válvulas, desta cúspide, é chamado lúnula. E o centro, o botão, é chamado de nódulo de arâncio. Lúnula é a borda toda.

Quando se ausculta o coração, os sons escutados são denominados bulhas cardíacas, e se referem ao fechamento das válvulas cardíacas.

As coronárias são mais perfundidas na diástole, pois na sístole ele passa em alta velocidade, não dando tempo dele seguir para as coronárias.

Pressão arterial é o produto do débito cardíaco com a resistência vascular periférica.

No sistema de condução elétrica do coração, o estímulo elétrico parte de um local (nó sinusal), percorre três feixes internodais, vai ao nodo atrioventricular que se bifurca e se distribui pelo coração.
O nodo sinusal é de onde os estímulos autonômicos partem. As células altamente especializadas se despolarizam em uma freqüência normal de 60 a 100 vezes por minuto, gerando os batimentos cardíacos.
Este estimulo percorre descendentemente três feixes internodais, que estão entre dois nodos, um feixe anterior, septal e posterior.
O estimulo chega ao nodo atrioventricular (nodo AV), onde se despolariza em uma freqüência menor de 40 a 50 vezes/minuto. Essa lentificação ocorre para que o átrio e o ventrículo não se contraiam ao mesmo tempo.
O nodo AV é responsável por lentificar o estimulo que vem do nodo sinusal, de maneira a fazer com que o átrio se contraia enquanto o ventrículo se relaxe e vice-versa.
Uma vez o estimulo chegando ao sistema atrioventricular, ele percorre o feixe de His, responsáveis por distribuir igualmente a eletricidade por toda área do ventrículo. Esse sistema é chamado de sistema Hiss-Purkienje. Ele leva o estimulo até o ápice do coração para que os ventrículos possam começar a se despolarizar de cima para baixo.

O nodo sinusal e um marcapasso biológico.
A freqüência cardíaca aumentada e chamada taquicardia. E diminuída é chamada bradicardia.

Circulação pré-natal: O suprimento sangüíneo do feto é feito via placentária, com duas artérias e uma veia.
O sangue se mistura na circulação fetal, pois o concepto não tem pulmão para oxigená-lo.
Existem algumas comunicações entre artérias e veias para facilitar as trocas metabólicas.
A veia umbilical entra no fígado e faz uma comunicação chamada de “ducto venoso” entre a veia porta e a veia cava inferior. O sangue vem pela veia cava inferior e não entra no pulmão ele tem que voltar para a placenta, porque o pulmão não esta funcionando. O tronco pulmonar se comunica com a aorta, que está levando sangue para o corpo inteiro.
O sangue venoso vai para a placenta.
Entre os átrios e entre os ventrículos existem comunicações. Uma comunicação interatrial chamada de forame oval e uma comunicação interventricular.

O ducto arterioso é a comunicação entre o tronco pulmonar e a aorta. Quando o feto nasce, o pulmão precisa funcionar, e o ducto arterioso se fecha, virando um ligamento e perdendo a função anterior.

As comunicações entre átrio e ventrículo também se fecham. Quando isso não ocorre (patologicamente), gera o ruído de um sopro na ausculta cardíaca infantil.

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